Juros
Juros fecham mistos, repercutindo notícias internas e externas
As taxas dos DIs fecharam sem direção única nesta 4ªF. As mais curtas ainda se ajustam ao tom duro exibido na ata do Copom, que levou o mercado a esperar um fim precoce do ciclo de cortes da Selic. A demissão de Jean Paul Prates da Petrobras elevou o dólar, o que também pesou sobre os DIs.
Em discurso hoje, o presidente do BC, Roberto Campos Neto reiterou o tom da ata, apontando a piora no cenário externo e a desancoragem das expectativas de inflação, que requerem maior cautela da política monetária. “O Copom unanimemente considera que deve perseguir a reancoragem de expectativas”, disse.
Já o diretor Gabriel Galípolo disse que chegou a pensar um corte de 0,25pp na última reunião, mas que haveria um “custo reputacional” em não se cortar 0,50pp, como previa o guidance. Ambos reiteraram que vão perseguir a meta de inflação, o que agradou investidores.
Na parte longa da curva, as taxas caíram, influenciadas pelos Treasuries, que reagiram ao CPI e às vendas do varejo nos EUA abaixo do esperado. Os dados reviveram as expectativas de dois cortes de juro pelo Fed a partir de setembro.
No fechamento, o juro para Jan25 subiu a 10,345% (de 10,331%, ontem) e o Jan26, a 10,575% (de 10,562%). O Jan27 caiu a 10,895% (de 10,904%); o Jan29, a 11,360% (de 11,399%), o Jan31, a 11,570% (de 11,608%) e o Jan33, a 11,620% (de 11,681%).
(Ana Conceição)