Juros
Juros futuros aliviam pressão com dólar e Lula
A curva de juros futuro caiu em todo o prazo, com queda mais acentuada nos contratos longos, que refletem a percepção do investidor estrangeiro com o quadro fiscal doméstico.
Repercutiram bem nos negócios os comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista a agências internacionais, de que o governo fará congelamento de despesas orçamentárias “sempre que necessário” e que traz a questão da responsabilidade fiscal nas “entranhas”.
O alívio só não foi ainda maior, porque o relatório bimestral de receitas e despesas embutiu previsão que pode estar superestimada para a arrecadação do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) no segundo semestre.
De qualquer maneira, foi dia de os juros futuros queimarem prêmio, sintonizados ao recuo do dólar para a faixa de R$ 5,57, sob o efeito combinado de Lula mais Kamala Harris.
O relatório Focus também trouxe uma boa notícia: a mediana do IPCA para 2025, horizonte relevante da política monetária, continuou em 3,90%, interrompendo uma sequência de 11 altas. Analistas começam a ser questionar se a deterioração das expectativas se esgotou.
No fechamento, o DI Jan/25 caiu a 10,655% (de 10,685% no fechamento anterior); Jan/26, a 11,400% (de 11,440%); Jan/27, 11,640% (de 11,690%); Jan/29, 11,930% (de 12,010%); e Jan/31, 12,020% (de 12,160%).
(Mariana Ciscato)