Juros
Juros futuros avançam com pressões inflacionárias e fiscal
Os juros futuros (DI) fecharam em alta nesta sexta-feira, especialmente na ponta curta da curva, diante de novas pressões inflacionárias, que devem levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a intensificar o aperto monetário.
O avanço das taxas começou pela manhã, com o mercado reagindo à inflação medida pelo IGP-M, que acelerou em setembro (0,62%) na comparação com agosto (0,29%), ficando acima da mediana do mercado (0,49%).
Na sequência, a Pnad contínua mostrou que o mercado de trabalho segue muito aquecido, com o desemprego caindo para 6,6%, no menor nível em quase 10 anos.
À tarde, a alta dos juros foi sustentada por rumores de que, apesar da queda do petróleo, a Petrobras não irá baixar os preços dos combustíveis no curto prazo, ao contrário do que especulava o mercado, que monitorou uma reunião hoje entre o presidente Lula e a presidente da estatal, Magda Chambriard.
A ponta longa da curva também se manteve em alta, a despeito da queda dos Treasuries, com o mercado cauteloso em relação ao cenário fiscal doméstico. Os investidores aguardam o detalhamento da liberação de R$ 1,7 bilhão do Orçamento anunciado no último relatório de receitas e despesas.
No fechamento, o DI Jan25 marcava 10,995% (de 11,001% no ajuste anterior); Jan26 a 12,265% (12,201%); Jan27 a 12,300% (12,223%); Jan29 a 12,355% (12,309%); Jan31 a 12,350% (12,300%); e Jan33 a 12,300% (12,248%).
(Téo Takar)