Juros
Juros futuros caem com perspectiva de Fed mais expansionista
A percepção de que o Federal Reserve possa dar 0,50 ponto percentual de corte já de largada, em setembro, diante do sinal de inflação sob controle do Índice de Preços ao Produtor (PPI), foi o estopim para a curva de juros futuros (DI) fechar em queda.
Só a ponta curta é que caiu em menor intensidade, devido à pressão do volume de serviços informado pelo IBGE em junho, de 1,7%, quase no dobro do esperado (0,9%).
O mercado também não esqueceu o alerta recente de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do Banco Central, de que uma alta da taxa Selic está na mesa.
Os contratos intermediários e de mais longo prazo do DI encontraram maior espaço para devolver prêmios de risco, sintonizados à queda das taxas dos Treasuries com o PPI e à nova rodada de alívio do dólar, que furou R$ 5,45, sob o efeito combinado da perspectiva de Fed mais expansionista e Copom mais contracionista.
No fechamento, o DI para Jan/25 caía para 10,730% (contra 10,748% no pregão anterior); Jan/26, a 11,380% (de 11,540%); Jan/27, a 11,330% (de 11,540%); Jan/29, a 11,400% (de 11,590%); e Jan/31, a 11,390% (de 11,620%).
(Mariana Ciscato)