Juros
Juros futuros colam no dólar e ampliam pressão
A curva dos juros futuros (DI) já começou o mês em picos de estresse, mesmo sem nenhum fato novo no front doméstico que pudesse ter desencadeado o repique.
Os juros futuros parecem estar em uma inércia de mau humor e, nesta segunda-feira, seguiram à risca a nova ofensiva de alta do dólar, que saltou para a faixa de R$ 5,65 e disparou um movimento de “stop loss” (zeragem de posições vendidas) no DI.
Se na sexta-feira o mercado já se atreveu a precificar a chance de alta de 0,75 ponto percentual da Selic ainda este ano, apesar da garantia de Roberto Campos Neto de que este não é o cenário-base do Banco Central, hoje, a ousadia foi além, com apostas especulativas de um aperto de 1,0pp na taxa de juro.
No boletim Focus, as estimativas para a Selic ficaram inalteradas, mas os economistas puxaram as medianas da inflação e do dólar.
A previsão para o IPCA de 2025, horizonte relevante da política monetária, subiu de 3,85% para 3,87%. A do IPCA de 2024 passou de 3,98% para 4%, já 1pp acima do centro da meta, de 3%. Para a taxa de câmbio, a projeção passou de R$ 5,15 para R$ 5,20 este ano.
No fechamento, o DI Jan/25 marcou 10,835% (contra 10,733% no pregão anterior); Jan/26 disparou mais de 20 pontos-base, para 11,770% (de 11,550%); Jan/27 foi a 12,06% (de 11,930%); Jan/29, a 12,38% (de 12,310%); e Jan/31, a 12,490% (de 12,460%).
(Mariana Ciscato)