Juros
Juros futuros curtos têm viés de queda e longos sobem

Os contratos futuros dos juros curtos conseguiram devolver algum prêmio de risco no retorno do feriado prolongado da Páscoa, diante dos sinais de progressos nas negociações tarifárias entre os EUA e a China. Mas fecharam perto dos ajustes, ainda em estado de alerta com os recentes ataques disparados por Trump contra a independência e credibilidade do Fed.
Já na ponta longa do DI, as taxas subiram, puxadas pela expectativa com o leilão extraordinário de NTN-Bs de longo prazo que o Tesouro fará amanhã.
Outro driver de pressão veio do tom conservador assumido por Galípolo em audiência pública na CAE do Senado, onde ele apontou desancoragem em todos os vértices das metas de inflação, reforçando a convicção de que o Copom subirá o juro em meio ponto em maio e poderá esticar o ciclo de aperto monetário para além deste prazo.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 caiu para 14,720% (de 14,745% antes dos feriados); e Jan/27 recuou a 14,185% (de 14,210%). Já o Jan/29 subiu para 14,080% (de 14,030%); e Jan/31 avançou a 14,390% (de 14,280%).
(Mariana Ciscato)