Juros
Juros futuros curtos testam leve alta no day after do Copom
Cumprindo o script esperado para o dia, a ponta mais curta da curva do DI se ajustou em alta ao comunicado do Copom, que não deu nenhuma pista sobre o timing do início do ciclo de corte da Selic. O mercado ficou surpreso com a “teimosia” do BC em não reconhecer os sinais de alívio na inflação e a melhor percepção fiscal.
O governo vê o conservadorismo do Copom como provocação. Para Lula, a taxa de juro onde está (13,75%) é “irracional”. Haddad adverte que o BC está “contratando problema futuro”.
Apesar de continuar operando no escuro sobre quando a Selic vai começar a cair, o mercado mantém a esperança e concentra as apostas de corte em setembro, o que explicou a alta moderada dos DIs curtos. No curtíssimo prazo, fica a expectativa para a ata (3ªF), além do RTI e da decisão do CMN, ambos na 5ªF.
Os contratos mais longos dos juros futuros fecharam perto da estabilidade, depois de terem ensaiado altas mais cedo com a pressão externa. Powell reforçou a chance de alta do juro. Além disso, os BCs do Reino Unido, Noruega, Suécia e Turquia promoveram apertos hoje.
No fechamento, o DI jan/24 subiu a 13,085% (de 13,000%); jan/25 pagou 11,160% (de 11,137%); jan/26 foi a 10,525% (de 10,590%); jan/27, a 10,515% (de 10,497%); jan/29, a 10,810% (de 10,720%); e jan/31, a 11,000% (de 11,010%). (Mariana Ciscato)