Juros
Juros futuros desafiam Copom e mantêm parte das fichas em 0,75 pp
Os contratos de DI operaram de forma mista, com os mais curtos cumprindo o script dovish, no day after do Copom, enquanto o “miolo” da curva operou em alta moderada e os longos exibiram pressão mais forte, sintonizados aos juros dos Treasuries de mais longo prazo, que tocaram as máximas em nove meses, na véspera do payroll. Apesar da indicação explícita do BC no comunicado de ontem de que todos os dirigentes do Copom avaliam que o corte de meio ponto da Selic deve ser mantido na próxima reunião em setembro, o mercado puxou briga e precifica em 40% na curva a termo a chance de um desaperto monetário mais ousado, de 0,75 pp.
O Santander acredita que o BC pode estar disposto a aceitar uma convergência mais lenta da inflação ao centro da meta, de 3%. O Itaú rebaixou sua projeção para a Selic deste ano de 12,00% para 11,75% e espera a ata do Copom, na próxima 3ªF, para considerar mudanças adicionais e mais profundas em seu cenário.
No fechamento, o contrato de DI para jan/24 caiu, mas fechou na máxima de 12,480% (contra 12,636% na véspera); jan/25 recuou a 10,505% (de 10,668%); e jan/26 furou os dois dígitos, a 9,985% (de 10,041%). Já o jan/27 subiu a 10,135% (de 10,083%); jan/29, a 10,610% (de 10,455%); e jan/31, a 10,850% (de 10,668%). (Mariana Ciscato)