Juros
Juros futuros desarmam pressão com câmbio e Treasuries
Sob o efeito combinado da onda de zeragem de posições defensivas no câmbio e da queda dos rendimentos dos Treasuries, os juros futuros (DI) fechou em queda em toda a curva.
O investidor descontou a frustração com o boletim Focus, que apontou nova piora nas expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária. A mediana das estimativas para o IPCA de 2025 subiu pela oitava semana seguida, passando de 3,80% para 3,85%, cada vez mais longe do centro da meta, de 3%.
Economistas também puxaram a projeção para 2024, de 3,96% para 3,98%. Apesar disso, a aposta para a Selic no fim deste ano se manteve em 10,50%.
Os negócios domésticos também absorveram hoje sem susto o déficit de US$ 3,4 bilhões informado pelo Banco Central na conta corrente em maio, pior rombo para o mês desde 2022.
Os juros futuros aproveitaram a agenda esvaziada de hoje para recarregar baterias para a semana agitada: ata do Copom (amanhã), IPCA-15 e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) na quarta-feira, e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) na quinta-feira, sem falar na inflação do PCE – medida de inflação favorito de Federal Reserve – nos Estados Unidos, na sexta.
No fechamento, o DI para Jan/25 caiu a 10,545% (de 10,605% no pregão anterior); Jan/26, 11,105% (de 11,185%); Jan/27, 11,470% (de 11,520%); Jan/29, 11,860% (de 11,930%); e Jan/31, 11,990% (de 12,060%).
(Mariana Ciscato)