Juros
Juros futuros devolvem gordura com mensagens de Lira e Pacheco e indicações para BC
Os juros futuros passaram por correção moderada nesta sexta-feira, com investidores mostrando menos ceticismo sobre a aprovação do pacote de medidas fiscais pelo Congresso e também menor preocupação com a proposta de isenção de imposto de renda para salários até R$ 5 mil.
Depois de uma nova disparada pela manhã, as taxas se acomodaram no início da tarde, após os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmarem que irão trabalhar para que as medidas sejam aprovadas pelo Congresso com rapidez. Eles também observaram que a isenção de IR até R$ 5 mil somente será aprovada se ela causar impacto fiscal.
Perto do fechamento, as taxas aceleraram a queda com a indicação dos três diretores do Banco Central que faltavam por Lula. O mercado gostou especialmente da escolha de Nilton David, chefe de tesouraria do Bradesco, para ocupar a vaga de Gabriel Galípolo na diretoria de Política Monetária.
As taxas curtas registraram queda mais comedida, diante das declarações de Galípolo no almoço de fim de ano da Febraban. O futuro presidente do BC disse que “eventualmente”, o BC terá que ter o pé um pouco mais pesado no freio para não permitir um aquecimento da economia a ponto de pressionar a inflação”, abrindo espaço para o Copom ampliar o ritmo de aperto monetário nas próximas reuniões.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 13,890% (de 13,910% no fechamento anterior); Jan/27 a 14,040% (14,040%); Jan/29 a 13,800% (13,910%); Jan/31 a 13,600% (13,750%); Jan/33 a 13,460% (13,630%).
(Téo Takar)