Juros
Juros futuros embutem pressão do IPCA-15 e do câmbio

A curva do de juros futuros registrou uma arrancada em todos os trechos nesta quinta-feira. O impulso veio, especialmente, da surpresa do IPCA-15 de julho (+0,30%), que superou a previsão de 0,23%.
A inflação acima do esperado despertou apostas especulativas entre traders de que, em algum momento, o Comitê de Política Monetária (Copom) possa retomar um aumento da Selic. Entre os economistas, no entanto, a expectativa unânime é de juro estável, em 10,50%, até o final do ano.
O Santander e a ASA Investments informaram que, depois do IPCA-15 mais elevado do que se imaginava, devem elevar a projeção do IPCA de julho.
A Warren Investimentos se antecipou e puxou a estimativa de inflação do ano de 4,1% para 4,2%. Para o Itaú, como reflexo do câmbio, os preços de serviços e bens industriais devem seguir pressionados.
Apesar de o dólar ter fechado em leve queda, continua acomodado no high, perto da faixa de R$ 5,65, e se consolida como um canal importante de contaminação das expectativas inflacionárias.
No fechamento, o DI Jan/25 subiu a 10,790% (de 10,683% no pregão anterior), Jan/26, a 11,770% (de 11,590%); Jan/27, 12,030% (de 11,840%), Jan/29, 12,230% (de 12,130%); e Jan/31, 12,260% (de 12,180%).
(Mariana Ciscato)