Juros
Juros futuros encerram correção e retomam alta diante de piora externa e incerteza fiscal
Os juros futuros encerraram nesta terça-feira o movimento de correção visto desde o fim do ano passado e fecharam com ganho moderado de prêmios. A avaliação dos investidores é que o cenário fiscal ainda preocupa, junto com o cenário externo adverso, o que limita novas quedas das taxas.
Os números da arrecadação federal dentro do esperado e a entrevista do ministro Fernando Haddad à Globonews tiveram pouco impacto sobre os DIs. Haddad evitou comentar reportagem do Valor, de que o governo estaria preparando um decreto para conter os gastos neste início de ano, pelo menos até a aprovação do Orçamento. “Primeiro temos que adequar Orçamento às medidas já aprovadas. Teremos mais liberdade para contingenciar.”
O ministro também revelou que o déficit primário de 2024 ficará em torno de 0,1% do PIB e que o crescimento da economia no ano passado é estimado em 3,6%.
Lá fora, os juros dos Treasuries registraram alta após novos dados de emprego e atividade acima do esperado e declarações de Trump, defendendo gastos e pedindo que o Congresso eleve o teto da dívida dos EUA.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,990% (de 14,970% no fechamento anterior); Jan/27 a 15,390% (15,340%); Jan/29 a 15,190% (15,045%); Jan/31 a 14,920% (14,750%); e Jan/33 a 14,690% (14,500%).
(Téo Takar)