Juros
Juros futuros exibem viés altista nesta terça-feira
Os juros futuros (DI) esgotaram o fôlego recente de queda e voltaram a subir, embora de forma muito moderada. A inclinação foi vista especialmente no trecho longo, que melhor reflete a percepção de risco do investidor estrangeiro.
As dúvidas renovadas nos Estados Unidos sobre o ciclo de corte dos juros pressionaram o dólar aqui e, por tabela, impediram os juros futuros de engatarem novas quedas. Além disso, o mercado leu a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) pela perspectiva de que a Selic não deve cair tão cedo.
No documento, o Banco Central elevou a estimativa de taxa de juros real neutra, de 4,5% para 4,75%, e revisou o hiato do produto, que saiu do território levemente negativo, de -0,6% no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), para “em torno da neutralidade”.
Em live, diretor de política monetária, Gabriel Galípolo, reafirmou que “na política monetária, nada será usado como pretexto para se esquivar de perseguir a meta”.
O comentário foi interpretado como sinal de que, se em algum momento o Copom for mexer na Selic, será para subir a taxa básica e não para retomar os cortes.
No fechamento, o DI para Jan/25 foi a 10,555% (de 10,554% no pregão anterior); Jan/26, 11,135% (de 11,092%); Jan/27, 11,475% (de 11,449%); Jan/29, 11,915% (de 11,850%); e Jan/31, 12,050% (de 11,990%).
(Mariana Ciscato)
