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Juros futuros fecham abaixo dos 15% com Copom ‘dovish’ e meta fiscal cumprida; Lula ajuda, mas Trump atrapalha

Atualizado 30/01/2025 às 18:28:53

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Os juros futuros queimaram prêmios nesta quinta-feira graças a uma combinação de notícias, que melhoraram a percepção de risco fiscal e alteraram as expectativas sobre o ciclo de aperto monetário.

O Copom seguiu o roteiro esperado ontem e confirmou nova alta de 1pp nos juros em março, mas deixou em aberto o cenário para maio, o que levou o mercado a crer que o BC pode desacelerar o ritmo de aperto e provocou uma correção das apostas nos DIs mais curtos.

As declarações de Lula dadas pela manhã, em defesa da equipe econômica, também trouxeram maior confiança ao mercado. Além disso, os investidores avaliaram os números do Caged (-535,5 mil), que sinalizaram desaceleração da atividade econômica, e o IGP-M de janeiro (+0,27%), que mostrou alívio em relação a dezembro (+0,94%), embora tenha ficado um pouco acima do esperado (+0,21%).

À tarde, o Tesouro informou que o Governo Central encerrou 2024 com déficit primário de 0,09% do PIB, sem considerar as despesas com o RS, dentro da meta prevista.

Porém, a confirmação por Donald Trump de que os EUA aplicarão tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México a partir de sábado fez as taxas, especialmente os vencimentos longos, se afastarem das mínimas do dia perto do fechamento, acompanhando movimento semelhante dos Treasuries.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,855% (de 15,180% no fechamento anterior); Jan/27 a 14,980% (15,375%); Jan/29 a 14,865% (15,115%); Jan/31 a 14,870% (15,060%); e Jan/33 a 14,850% (14,980%).

(Téo Takar)

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