Numa sessão com uma lista de fatores negativos, a começar pelo reajuste expressivo dos preços dos combustíveis, os juros futuros avançaram na B3, mas pouco. Ontem, os prêmios subiram com mais força, o que pode ter limitado o avanço nesta 3ªF.

A Petrobras anunciou reajustes na gasolina (+16,2%) e no diesel (+25,8%), o que elevou as projeções do IPCA 2023. O impacto no índice deve ser de 0,40pp, segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Com isso, no meio da tarde, a curva a termo mostrava chance praticamente zero de redução da Selic em 0,75pp na reunião do Copom em setembro.

No fim da tarde, o diretor de Supervisão do BC, Mauricio Moura, alertou que a inflação terá repique com a alta dos combustíveis num momento em que as expectativas ainda não estão ancoradas.

O mercado ainda teve como pano de fundo o ruído político entre Fernando Haddad e Arthur Lira, com o adiamento para 2ªF (21) da reunião para tratar do arcabouço fiscal, e indicadores econômicos abaixo do esperado na China. Vendas no varejo acima do esperado nos EUA e declarações hawkish de Neel Kashkari também inspiraram cautela. O presidente do Fed de Minneapolis, que vota no Fomc, disse hoje não estar pronto “para dizer que terminamos de elevar os juros”.

No fechamento, o contrato de DI para jan/24 subiu a 12,460% (contra 12,452%, ontem); o jan/25 subiu a 10,500% (de 10,451%); o jan/26, a 10,025% (de 9,975%). O jan/27 subiu a 10,200% (de 10,152%); jan/29, a 10,720% (de 10,686%); e o jan/31, a 11,040% (de 10,998%). (Ana Conceição)