Juros
Juros futuros fecham sem direção única, mas recuam na semana
As taxas dos DIs fecharam sem direção única, numa sessão de altos e baixos conforme os investidores avaliavam os dados do IPCA aqui e o PPI nos EUA. Ambos vieram acima do esperado.
Embora a leitura da inflação doméstica tenha vindo mais salgada (0,12% de 0,08% esperado), núcleos e serviços desaceleraram, o que até aumentou as apostas em um corte de 0,75pp pelo Copom em setembro. A expectativa majoritária, contudo, segue em 0,50pp, que é o guidance do BC.
Analistas apontaram que há riscos no horizonte, como um possível reajuste de combustíveis. A cotação do petróleo encerrou hoje sete semanas de altas consecutivas. Alexandre Silveira (Minas e Energia) afirmou que a Petrobras já comunicou ao governo que, se o Brent continuar subindo, terá de reajustar os preços.
Nos EUA, o PPI ruim elevou o dólar e os juros dos Treasuries. Com novas máximas consecutivas no fim da tarde, o retorno da T-note de 10 anos acabou pesando sobre os DIs longos.
Na semana, o mercado devolveu prêmios, principalmente no miolo da curva, influência da ata do Copom divulgada na 3ªF, considerada dovish por parte do mercado.
Hoje, no fechamento da B3, o contrato de DI para jan/24 subiu a 12,440% (contra 12,425%, ontem); o jan/25 subiu a 10,345% (de 10,377%); o jan/26 caiu a 9,820% (de 9,847%). O jan/27 recuou a 9,990% (de 10,009%); jan/29 cedeu a 10,520% (de 10,536%); e o jan/31 subiu a 10,850% (de 10,836%). (Ana Conceição)