Juros
Juros futuros freiam ritmo de baixa com dólar
A curva de juros futuros (DI) limpou boa parte da queda observada mais cedo, ainda que tenha fechado perto da estabilidade nesta quarta-feira. Os DIs pegaram carona na correção do dólar, que quebrou o jejum recente e subiu, depois de seis quedas consecutivas.
Também a elevação dos juros dos Treasuries curtos, diante da chance de um início menos agressivo do ciclo de relaxamento monetário pelo Federal Reserve em setembro, com corte de 0,25 ponto percentual, contribuiu para esgotar o fôlego de queda do DI. Mas o quadro não está fechado para o Fed e as aposta de uma flexibilização maior, de 50pb, continuam no páreo.
Ficou em segundo plano para o DI o resultado fraco das vendas do varejo de junho (-1,0%), pior que o estimado (-0,1%) e perto do piso das estimativas (-1,2%). O dado não teve potencial para tirar de cena o risco de alta da Selic.
O economista Igor Cadilhac (PicPay) disse que o recuo no varejo foi pontual e não esvazia o otimismo para o PIB/2Tri e do ano. Segundo ele, o varejo é um setor que vinha de cinco altas seguidas e estava no recorde da série histórica.
No fechamento, o DI para Jan/25 estava em 10,745% (contra 10,750% no pregão anterior); Jan/26, a 11,400% (de 11,430%); Jan/27, a 11,370% (de 11,360%); Jan/29, a 11,420% (de 11,430%); e Jan/31, a 11,430% (de 11,390%).
(Mariana Ciscato)