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Juros futuros obedecem petróleo e alertas do BC e zeram queda

Atualizado 12/08/2024 às 18:03:41

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Ignorando a baixa das taxas dos Treasuries e o alívio do dólar, que rodou abaixo de R$ 5,50, a curva de juros futuros (DI) zerou a queda à tarde, autorizada pelas advertências do Banco Central sobre uma potencial retomada do ciclo de aperto da taxa Selic e pelo salto de mais de 3% do petróleo com as tensões geopolíticas.

O diretor de política monetária do BC, Gabriel Galípolo, repetiu que uma alta de juros está no radar, embora os passos futuros do Comitê de Política Monetária (Copom) continuem condicionados aos próximos indicadores.

Ele lembrou ainda que a possibilidade de o BC ser mais conservador “não é guidance”, mas assegurou que o BC “de maneira nenhuma” vai se desviar de perseguir a meta de inflação.

Reverberou a mensagem transmitida mais cedo por Roberto Campos Neto, presidente da autarquia, que destacou que, mesmo depois de sua saída do BC, em dezembro, a autoridade monetária manterá o compromisso “inequívoco” de trabalhar para levar a inflação à meta.

Segundo o Broadcast, a curva a termo exibe 69% de chance de alta de 0,25 ponto percentual da Selic em setembro, contra 31% de manutenção.

Pela manhã, investidores chegaram a comemorar o fato de as estimativas para o IPCA de 2025 terem parado de piorar, de 3,98% para 3,97%. Já a aposta para a inflação de 2024 subiu pela quarta semana consecutiva, de 4,12% para 4,20%, a só 0,3pp de estourar o teto da meta, de 4,5%.

No fechamento, o DI para Jan/25 estava na máxima de 10,765% (contra 10,745% no pregão anterior); Jan/26, a 11,560% (de 11,540%); Jan/27, a 11,560% (de 11,550%); Jan/29, estável, a 11,600%; e Jan/31, a 11,620% (de 11,580%).

(Mariana Ciscato)

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