Juros
Juros futuros operam inibidos por dólar e vendas no varejo
Os contratos da curva de juros futuros fecharam em direções divergentes, com viés de alta na ponta curta e leve queda na longa, mas todos próximos dos ajustes.
As taxas chegaram a bater mínimas pela manhã com a inesperada deflação da inflação americana em junho (-0,1%), que afundou os juros dos Treasuries e contratou corte do Federal Reserve em setembro.
O movimento de baixa, porém, foi limitado pela pressão do dólar, que voltou a se aproximar de R$ 5,45, e pela surpresa com a força das vendas no varejo em maio. O dado, medido pelo IBGE, subiu 1,2% contra abril, praticamente o dobro do teto das apostas no mercado (+0,7%).
Além disso, o clima mais pesado em Brasília esvaziou qualquer ímpeto maior de alívio do DI, diante da sugestão que circula no Congresso de taxar os bancos para compensar a desoneração da folha, além do risco de a reforma tributária não ser votada no Senado ainda este ano.
No fechamento, o DI Jan/25 projetava taxa de 10,545% (contra 10,525% no pregão anterior); Jan/26, 11,090% (de 11,070%); Jan/27, 11,310% (estável); Jan/29, 11,620% (de 11,640%); e Jan/31, 11,730% (de 11,760%).
(Mariana Ciscato)