Juros
Juros futuros precipitam realização de lucros e escalam
Os contratos curtos e intermediários da curva do DI, que vinham resistindo em queda nos últimos pregões, acabaram embutindo prêmio no pregão desta 3ªF, acelerando para as máximas na reta final, enquanto os longos ampliaram a pressão já observada na véspera. A rigor, nada mudou em relação às apostas de política monetária e os traders continuam convencidos de que o Copom sinalizará na semana que vem um corte para agosto.
Entre as instituições financeiras, o Itaú antecipou a previsão de recuo da Selic de outubro para setembro, com dose inicial de 0,25 pp. O discurso mais dovish que vem sendo incorporado por Campos Neto (BC) também projeta no radar um início rápido do ciclo de relaxamento monetário. Apesar disso e da leve queda do dólar, a curva do DI subiu de ponta a ponta hoje.
Além de as taxas terem operado sintonizadas às altas dos rendimentos dos Treasuries, também refletiram o ruído fiscal da derrota política do governo na CAE do Senado, que aprovou projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamentos. A matéria segue agora para apreciação no plenário.
No fechamento, o DI jan/24 subiu a 13,075%, de 12,983%; o jan/25 avançou para 11,190%, de 11,032%; jan/26, a 10,650%, de 10,429%; jan/27, a 10,745%, de 10,497%; enquanto fecharam nas máximas o jan/29, a 11,130%, de 10,849%; e o jan/31, a 11,380%, de 11,106%. (Mariana Ciscato)