Juros
Juros futuros recuam após Campos Neto prometer “juros o mais baixo possível” em 2024
Os juros futuros encerraram com queda moderada em toda extensão da curva, em uma sessão de agenda esvaziada e liquidez reduzida.
As taxas repercutiram o cenário externo, com queda dos Treasuries e Gilts, mas principalmente um trecho antecipado no fim da manhã da entrevista que Campos Neto deu à Globonews e que será transmitida na íntegra hoje à noite. Ao comentar seu último ano à frente do BC, em 2024, ele afirmou que “é importante entregar inflação na meta, é importante entregar os juros o mais baixo o possível”.
O resultado do Governo Central, que trouxe déficit de R$ 39,389 bilhões em novembro, pior que os R$ 38 bilhões esperados, não chegou a alterar a tendência de queda dos DIs.
Na entrevista coletiva, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, destacou duas receitas extras que não estavam previstas no Orçamento de 2024, mas que ajudarão o governo a cumprir a metal fiscal de déficit zero: um depósito judicial da Caixa, estimado entre R$ 12 bilhões e R$ 14 bilhões, e um ganho de R$ 20 bilhões com as novas regras de preços de transferência.
Lá fora, o dia também foi de queda dos principais títulos nos EUA e na Europa, refletindo os leilões de Gilts e de T-notes de 5 anos, que foram bem aceitos pelo mercado, gerando um rali pela renda fixa no exterior.
No fechamento, o DI para jan/25 recuava a 9,990% (de 10,010% no fechamento ontem); Jan/26 caiu a 9,540% (9,570%); Jan/27 a 9,645% (9,680%); Jan/29 a 10,010% (10,040%); Jan/31 a 10,210% (10,240%) e Jan/33 a 10,290% (10,330%). (Téo Takar)