Juros
Juros futuros recuam com Campos Neto e agenda no radar
Sem a referência dos Treasuries e com liquidez reduzida devido ao feriado em NY, os juros futuros tiveram uma sessão de devolução de prêmios na véspera da divulgação do IPCA-15. As variações ocorreram especialmente no miolo da curva, repercutindo as declarações de Campos Neto no evento do Lide, que foram consideradas mais amenas do que na semana passada.
O presidente do BC pontuou que a tragédia no RS não deve ter impacto sobre a inflação no curto prazo, uma vez que a maior parte da safra de arroz já foi colhida. Ele também comentou que a última decisão do Copom gerou ruídos sobre a credibilidade do BC e colaborou para a desancoragem das expectativas. Mas, ele frisou que o mercado entenderá, ao longo do tempo, que foi uma decisão técnica.
“Não houve dúvidas em relação às condicionantes; nesse ponto, havia unanimidade. A dúvida foi sobre custo de não cumprir o guidance diante da relevância das condicionantes”, afirmou.
Pela manhã, o boletim Focus mostrou piora nas expectativas para o IPCA em 2024, de 3,80% para 3,86%, e em 2025, de 3,74% para 3,75%, dando continuidade ao movimento observado nas últimas semanas. A projeção para 2026, que vinha estável há 46 semanas, subiu de 3,50% para 3,58%.
No fechamento, o DI para Jan25 caiu a 10,375% (de 10,415% no fechamento de 6ªF); Jan26 recuou a 10,720% (de 10,845%); Jan27 a 11,035% (11,150%); Jan29 a 11,495% (11,565%); Jan31 a 11,690% (11,750%); e Jan33, a 11,760% (11,810%).
(Téo Takar)