Juros
Juros futuros recuam de carona no dólar; Focus e reforma ministerial ficam em segundo plano
Os juros futuros queimaram prêmios nesta segunda-feira, embalados pela queda global do dólar, em uma sessão de pouca liquidez e sem a referência dos Treasuries, devido ao feriado de Martin Luther King nos EUA.
O fato de Trump não ter anunciado de cara as prometidas tarifas sobre produtos importados trouxe alívio ao câmbio, o que se traduziu também nas taxas futuras.
Por aqui, a ausência de novidades no noticiário político também colaborou para um alívio nos DIs. Após a reunião ministerial realizada hoje no Planalto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o presidente Lula ainda não tomou nenhuma decisão sobre a reforma ministerial, mas afirmou que ele pode mudar ‘qualquer ministro a qualquer momento’. Ele também rebateu as alegações de que o ministro Fernando Haddad teria sido enfraquecido pela crise do PIX.
Pela manhã, os DIs chegaram a esboçar alta diante da nova piora nas projeções do boletim Focus. A mediana para a inflação suavizada dos próximos 12 meses passou de 5,01% para 5,13%. Essa medida ganhou importância nas análises do mercado após a definição da meta de inflação contínua a partir deste ano. A mediana para o IPCA de 2025 subiu pela 14ª semana consecutiva, de 5,0% para 5,08%. Para 2026, subiu pela quarta semana seguida, de 4,05% para 4,10%.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,925% (de 14,965% no fechamento anterior); Jan/27 a 15,130% (15,250%); Jan/29 a 15,015% (15,190%); Jan/31 a 15,030% (15,160%); e Jan/33 a 14,970% (15,080%).
(Téo Takar)