Juros
Juros futuros relaxam junto com dólar após Galípolo
A curva do juros futuros (DI), especialmente o “miolo” e os contratos mais longos, reproduziram o alívio do dólar observado depois do diretor do Banco Central Gabriel Galípolo sinalizar cautela sobre uma eventual intervenção no câmbio.
Reportagem da Bloomberg apurou que, em reuniões privadas este mês com investidores, o diretor do BC e provável sucessor de Roberto Campos Neto disse que, caso tivesse que avaliar a necessidade de atuação para conter a volatilidade cambial, não tomaria a decisão de forma isolada e procuraria um consenso com os colegas do BC.
O mercado recebeu bem a declaração estratégica de Galípolo, que esvazia a percepção de risco com pressões políticas, depois da recente investida do dólar para a faixa de R$ 5,70.
Nesta terça-feira de liquidez esvaziada pelo feriado de 9 de Julho, a moeda americana sinalizou que quer voltar para R$ 5,40, relaxando os juros futuros, que ainda anteciparam um IPCA comportado amanhã. O índice oficial de inflação deve desacelerar para 0,32% em junho, contra 0,46% em maio.
No fechamento, o DI Jan/25 projetava taxa de 10,575% (contra 10,590% no pregão anterior); Jan/26, 11,170% (de 11,250%); Jan/27, 11,450% (de 11,560%); Jan/29, 11,830% (de 11,910%); e Jan/31, 11,930% (de 12,010%).
(Mariana Ciscato)