Juros
Juros futuros se ajustam ao choque do Copom, mas risco fiscal permanece no radar
Os juros futuros fecharam em forte alta nesta quinta-feira, especialmente na ponta curta, com as taxas se ajustando à sinalização dada ontem pelo Copom, de que pretende fazer mais dois ajustes de 1 pp nas próximas reuniões, levando a Selic para a casa dos 14,25% em março.
A ponta longa chegou a cair pela manhã diante da agressividade do Comitê para tentar levar às expectativas de inflação de volta à meta, porém o risco fiscal acabou prevalecendo nas negociações a partir do meio da tarde.
O mercado segue preocupado com a possibilidade de desidratação pelo Congresso do pacote de corte de gastos propostos pelo governo.
O cenário externo também colaborou para o avanço das taxas longas, com os juros dos Treasuries em alta após o PPI nos EUA vir mais forte que o esperado.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,660% (de 14,205% no fechamento de ontem); Jan/27 a 14,710% (14,350%); Jan/29 a 14,165% (13,905%); Jan/31 a 13,850% (13,570%); e Jan/33 a 13,630% (13,380%).
(Téo Takar)