Juros
Juros futuros sobem com aversão global ao risco
Os juros futuros avançaram até 10 pontos-base nesta quinta-feira, em uma sessão de forte aversão ao risco em todos os mercados globais.
A possibilidade de Israel responder ao ataque do Irã na última segunda-feira com um bombardeio aos locais de produção de petróleo do país fez o petróleo disparar, levando os investidores a buscarem ativos de proteção, como o dólar e os títulos do governo americano.
Dados fortes de atividade no setor de serviços dos Estados Unidos, porém, mantiveram os juros dos Treasuries em alta, mesmo com a maior demanda pelos papéis.
No ambiente doméstico, o clima seguiu pesado por causa da incerteza sobre o quadro fiscal, com o mercado questionando os motivos que levaram a Moody’s a elevar o rating soberano. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou hoje que o Brasil precisa de algum choque fiscal se quiser conviver com juros baixos.
Na agenda do dia, o resultado do Governo Central mostrou déficit primário de R$ 22,4 bilhões em agosto, em linha com a expectativa dos economistas.
Ao comentar o resultado, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, reconheceu que políticas concebidas para ficarem fora do orçamento criam insegurança, ainda que tenham impacto limitado. Ele comentou sobre a necessidade de eliminar ruídos que podem atrapalhar o processo de recuperação da confiança no quadro fiscal.
No fechamento, o DI para Jan25 marcava 11,046%, na máxima do dia (de 11,008% no fechamento anterior); Jan26 a 12,305%, também na máxima (de 12,205%); Jan27 a 12,360% (12,255%); Jan29 a 12,420% (12,340%); Jan31 a 12,390% (12,340%); e Jan33 a 12,330% (12,290%).
(Téo Takar)