Juros
Juros futuros têm reação limitada ao Fed e à Fitch
Longe de uma festa, a curva do DI reagiu com certa apatia às boas notícias do dia (Fed e Fitch), com queda modesta na ponta longa e no “miolo” e viés de alta nos contratos longos. Seja como for, o mercado ampliou as apostas (de 70% para 75%) em um corte mais agressivo da Selic (0,50 pp) no início do ciclo de cortes, contratado para agosto.
A avaliação é de que, se o Fed não tomar nenhum susto no caminho, o juro americano não subirá mais, o que tende a ser faturado pelos mercados emergentes, na disputa pela liquidez global. Isso pode se traduzir em menor pressão para o dólar, aliviando o balanço de riscos para o Copom.
Embora sem impacto decisivo sobre as negociações no DI, foi positiva a decisão da Fitch de elevar o rating do Brasil de BB- para BB, ainda que profissionais do mercado avaliem que o País está longe de conquistar o grau de investimento, o que impede uma melhora convincente na captação de recursos no setor externo.
No fechamento, o contrato de DI para jan/24 caía a 12,615% (de 12,634%); jan/25, a 10,605% (de 10,635%); e jan/26, a 10,075% (de 10,073%). Já o jan/27 fechou a 10,155% (de 10,143%); jan/29 subiu à máxima de 10,560% (de 10,527%); e jan/31 também fechou no pico do dia, a 10,790% (de 10,753%). (Mariana Ciscato)