Juros
Juros futuros terminam mistos, após leilão grande de prefixados do Tesouro e melhora do cenário externo

Os juros futuros terminaram mistos nesta quinta-feira, com os vencimentos curtos e o miolo da curva em baixa, e os longos em alta.
Diante da agenda vazia de indicadores, o mercado acompanhou de perto o leilão de prefixados do Tesouro e monitorou o cenário externo, onde dólar e juros dos Treasuries recuavam diante da possibilidade de um acordo de paz na Ucrânia e da disposição de Donald Trump em negociar a relação comercial dos EUA com a China.
Diante da melhora do prêmio de risco local, o Tesouro aproveitou para fazer a maior emissão de títulos prefixados desde o segundo semestre de 2020 em termos de quantidade e risco para o mercado. Foram vendidas 23,7 milhões das 25 milhões de LTNs oferecidas e a totalidade das 7 milhões de NTN-Fs, com risco maior para o mercado (dv01).
Tudo indica que o Tesouro está se antecipando ao calendário expressivo de vencimentos do 1º semestre. Segundo o professor Alexandre Cabral, da B3 e Saint Paul, há cerca de R$ 750 bilhões em títulos públicos com vencimento entre 1º de janeiro e 31 de maio. Com as operações realizadas neste ano até agora, o Tesouro já conseguiu repor R$ 280 bilhões. “O Tesouro está aproveitando a melhora do mercado para aumentar o seu colchão de liquidez”, comentou Cabral no X.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,630% (de 14,685% no fechamento anterior); Jan/27 a 14,600% (14,685%); Jan/29 a 14,440% (14,480%); Jan/31 a 14,510% (14,470%); Jan/33 a 14,490% (14,430%).
(Téo Takar)