Juros
Juros interrompem alívio e sobem nesta segunda
Os juros futuros (DIs) voltaram a subir nesta segunda-feira, depois de dois pregões em queda, precificando os riscos fiscais e a chance de o Federal Reserve só promover uma queda do juro este ano, o que puxou as taxas dos Treasuries.
Por aqui, apesar dos comentários de Fernando Haddad (Fazenda) de que, durante a reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), o presidente Lula abriu espaço para debate sobre redução de gastos e se mostrou “mal impressionado” com o volume de renúncias fiscais, o mercado continuou cauteloso com a fragilidade das contas públicas.
O boletim Focus confirmou a nova rodada de piora nas projeções de inflação, com a mediana do IPCA de 2024 mais próxima de 4%, passando de 3,90% para 3,96%. Diante da desancoragem das expectativas, os economistas ouvidos pelo Banco Central elevaram a projeção da Selic deste ano de 10,25% para 10,50% (nível atual da taxa básica), sinalizando que o juro não deve cair mais em 2024.
Profissionais de mercado têm endossado a importância de uma placar unânime do Copom na 4ªF, com Selic estável, para recuperar a credibilidade do BC, afetada pelo racha na reunião de política monetária de maio.
No fechamento, o DI para Jan25 subiu a 10,690% (de 10,660% na 6ªF), Jan26, a 11,285% (de 11,205%), Jan27, a 11,590% (de 11,500%), Jan29, a 11,945% (de 11,885%), e Jan31, a 12,070% (de 12,030%).
(Mariana Ciscato)