Juros
Juros saltam com fiscal; longos registram maiores altas
As taxas dos juros futuros (DIs) voltaram a disparar nesta quarta-feira, pressionadas pelas preocupações fiscais, que também estressaram o dólar e derrubaram a bolsa doméstica.
O mercado passou ao largo de mais um dia de queda nos retornos dos Treasuries, depois de um dado da inflação dos Estados Unidos de maio abaixo do esperado. A alta dos juros futuros domésticos se intensificou em dois momentos.
O primeiro, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que “aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit”, sem citar corte de gastos.
Depois, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu a revisão de gastos com BPC, seguro desemprego, abono e previdência dos militares, mas descartou a desvinculação do salário mínimo dos benefícios previdenciários.
Também afirmou que “ninguém está dizendo que vai limitar a 2,5%” os pisos de saúde e educação, numa referência ao limite de crescimento real permitido pelo arcabouço para as demais despesas.
Um Federal Reserve mais duro na postura, como visto na reunião do Fomc – semelhante ao Copom no Brasil – hoje, não ajudou a aliviar as taxas.
No fechamento, o DI para Jan25 subiu a 10,725% (de 10,632%, ontem); Jan26, a 11,350% (de 11,194%); o Jan27, a 11,740% (11,505%). O Jan29 avançou a 12,155% (11,882%); Jan31 a 12,310% (12,027%). O Jan33 subiu a 12,350% (de 12,050%).
(Ana Conceição)