Juros
Juros sobem com nova piora nas expectativas de inflação, sinais de mais gastos do governo e de emprego aquecido

Os juros futuros operaram em alta durante toda a sessão desta segunda-feira, refletindo preocupações com a pressão inflacionária e o risco fiscal.
Pela manhã, as taxas reagiram à nova piora das expectativas de inflação no Boletim Focus, com o mercado também se antecipando à divulgação do IPCA-15 de fevereiro nesta terça-feira, que deve saltar para 1,37%, depois de marcar alta de 0,11% em janeiro, segundo mediana das projeções dos economistas ouvidos pela Broadcast.
À tarde, o movimento de alta das taxas se acentuou com declarações do presidente Lula, dando a entender que o governo pode elevar os gastos para garantir um crescimento robusto da economia neste ano. A informação de que o presidente fará pronunciamento em rede nacional hoje para falar sobre os programas pé-de-meia e farmácia popular também não caiu bem entre os investidores.
Além disso, a Folha apurou que o governo pretende liberar integralmente o FGTS dos trabalhadores demitidos que tinham optado pelo saque-aniversário. Para completar, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, adiantou hoje que o Caged de janeiro, que será divulgado na quarta-feira, deve mostrar criação de mais de 100 mil empregos, dado que mostra um mercado de trabalho ainda aquecido, o que gera pressão inflacionária.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,650% (de 14,515% no fechamento anterior); Jan/27 a 14,580% (14,375%); Jan/29 a 14,470% (14,295%); Jan/31 a 14,560% (14,390%); e Jan/33 a 14,590% (14,410%).
(Téo Takar)