Juros
Juros sobem influenciados por Treasuries, varejo e fiscal
As taxas de juros futuros fecharam com alta expressiva nesta quinta-feira, influenciadas por fatores externos e internos.
Primeiro, o núcleo do Índice de Preços ao Produtor (PPI) de agosto (0,3%) acima do esperado (0,2%), ratificou a perspectiva de gradualismo do Federal Reserve no corte de juros na próxima semana.
Para o Bank of America (BofA), considerando os dados do PPI, o núcleo da inflação medida pelo PCE, índice preferido do Fed, deve subir 0,1%, o que aumentaria a confiança do banco central americano na desinflação.
Por aqui, o varejo ampliado de julho cresceu 0,1%, quando se esperava queda de 0,4% ante junho, sinalizando que a economia continua resiliente no início do 3º trimestre, o que tem implicações sobre a inflação e a Selic.
Hoje, o Itaú revisou a previsão da Selic ao fim do novo ciclo de alta para 12% (em janeiro de 2025). Também pesou nas expectativas do investidor a notícia de que o governo prepara um auxílio emergencial para os pescadores do país por causa da seca. A conta pode chegar a R$ 430 milhões, segundo o Poder360. A aprovação do projeto de lei da desoneração e suas respectivas compensações teve efeito limitado.
No fechamento, o DI para Jan/26 subiu a 11,880% (de 11,781%). O Jan/27 subiu a 11,860% (de 11,727%). Jan/29, a 11,960% (de 11,787%) e Jan/31 a 11,970% (de 11,764%) e o Jan/33, a 11,940% (de 11,736%).
(Ana Conceição)