Juros
Juros terminam em alta após sessão volátil, com Pnad, IGP-M, leilões do Tesouro, Trump e medidas heterodoxas
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Os juros futuros tiveram uma sessão bastante volátil nesta quinta-feira, especialmente na ponta longa, enquanto os vencimentos curtos se mantiveram em alta durante toda a sessão.
A alta dos curtos foi, novamente, reflexo do mercado de trabalho aquecido. Depois do número forte do Caged ontem, hoje foi a vez da Pnad contínua mostrar um aumento da taxa de desemprego em janeiro (+6,5%) menor do que a expectativa dos economistas (+6,6%).
O IGP-M de fevereiro (+1,06%) um pouco acima do esperado (+1,01%) também fez pressão sobre os DIs curtos. Já os vencimentos médios e longos chegaram a devolver no meio da sessão parte dos prêmios expressivos acumulados ontem, com o mercado repercutindo os leilões de prefixados feitos hoje pelo Tesouro, com quantidade e riscos muito menores do que os da semana passada.
O Tesouro vendeu integralmente os lotes de 6 milhões de LTNs e 1 milhão de NTN-Fs, com risco (DV01) menor para o mercado, com lotes vendidos integralmente. Na semana passada, o montante ofertado foi de 25 milhões de LTNs e de 7 milhões de NTN-Fs, na maior emissão de prefixados desde o segundo semestre de 2020.
Porém, as taxas longas também passaram a subir no fim do dia, em meio à piora do clima no exterior e rumores de que o governo estaria avaliando medidas heterodoxas, como a redução de impostos de importação de alguns produtos, para aliviar a inflação de alimentos.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,810% (de 14,760% no fechamento anterior); Jan/27 a 14,825% (14,795%); Jan/29 a 14,810% (14,815%); Jan/31 a 14,920% (14,900%); e Jan/33 a 14,910% (14,880%).
(Téo Takar)