Juros
Para Campos Neto, curva de juros nos EUA e China afetam câmbio no Brasil
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse hoje em evento do Santander que a depreciação recente do câmbio está ligada a fatores externos, como o estresse recente com os Treasuries e a fraqueza da China. Segundo ele, o Brasil começa a dar sinais de pouso suave da atividade e das expectativas de juros e inflação.
Ele reiterou, porém, que a batalha ainda não está ganha, e as taxas precisam seguir em níveis restritivos. Ao mesmo tempo, porém, vê uma sincronização do cenário de aperto de juros pelo mundo: “Podemos estar perto de um ciclo de desaceleração de juros global.”
Sobre o rotativo dos cartões de crédito, disse que o parcelado sem juros é uma modalidade importante para o consumo brasileiro, de 40%, maior que em outros países. A solução é agir (“não fazer nada pode ser pior”) para evitar ruptura uma desorganizada na concessão de cartões.
Ele também revelou que o seu famoso voto de minerva em reunião do Copom não ocorreu em agosto, mas na reunião anterior. Disse que, na reunião de julho, havia dois grupos, um que queria manter a porta fechada [de redução dos juros] e outro que estava disposto a deixar a porta aberta. E que ele estava entre os que pensavam ser possível iniciar a redução na reunião seguinte. Com esse raciocínio, ele disse que, na verdade, o voto dele que pode ser considerado de minerva ocorreu em julho e não na reunião de agosto, que baixou o juro em 50 pontos-base. (BDM Online + agências)