Juros
Ruído político do arcabouço freia alívio nos juros futuros
O pedido de vista da oposição na CAE do Senado para avaliar melhor o texto do arcabouço fiscal acendeu o sinal amarelo nos negócios esta tarde, à medida que pode atrasar o calendário de votação. Os vencimentos curtos da curva do DI reduziram o fôlego de queda e os contratos de mais longo prazo viraram para alta.
Mais cedo, os juros futuros devolviam prêmio de risco de ponta a ponta, diante da deflação mais intensa do IGP-M da segunda prévia de junho, de -1,78%, após ceder 1,50% em igual leitura de maio, o que pressiona o Copom a mandar amanhã o recado de corte da Selic em agosto ou setembro. Além disso, o DI também respondia mais cedo ao efeito desinflacionário das commodities, derrubadas pela frustração com a China, que tem ficado na promessa de dar um choque de estímulos. As medidas adotadas até agora por Pequim, como o corte de juro anunciado ontem à noite, são consideradas muito tímidas para bombar a economia.
No fechamento, o DI para jan/24 estava em 13,000% (de 13,010% na véspera); jan/25, a 11,095% (de 11,120%); jan/26, a 10,525% (de 10,513%); jan/27, a 10,555% (de 10,519%); jan/29, a 10,910% (de 10,873%); e jan/31, a 11,120% (de 11,100%). (Mariana Ciscato)