Nova York

CPI dos EUA alimenta apostas de corte de juros do Fed este ano

Atualizado 12/06/2024 às 11:19:36

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[12/06/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

Os futuros de ações americanas sobem e os rendimentos dos títulos despencam com os sinais de que a inflação está esfriando, reforçando as apostas de que o Fed reduzirá as taxas em 2024.

O CPI de maio ficou estável (0,00%), de +0,3% em abril e ante consenso de +0,1%. Na base anual, desacelerou para 3,3%, de +3,4%, e abaixo da mediana (+3,4%).

O núcleo do CPI também veio abaixo do esperado, em 0,2%, de 0,3% no consenso e +0,3% em abril. Na comparação anual, +3,4%, de +3,5% no consenso; em abril +3,6%.

As chances de cortes de juros até setembro vão a 71,9% (CME) após o CPI. A possibilidade de corte nas taxas em 50 pb cresce a 43%.

Espera-se que o FOMC mantenha hoje a sua taxa pela sétima reunião consecutiva, pontuando que vai aguardar mais evidências de que a inflação ainda caminha em direção ao seu objetivo de 2%.

A Bloomberg Intelligence/Ira Jersey avalia que “a reação instintiva no mercado do Tesouro não é surpreendente, dada a impressão do CPI favorável ao Fed, particularmente o núcleo”.

O Goldman Sachs/Lindsay Rosner diz que há “boa impressão de taxas restritivas trabalhando para conter a inflação, então setembro é uma possibilidade (de corte de juros)”.

Para James Bullard, ex-presidente do Fed de St. Louis, “isso mantém viva a esperança para aqueles que têm procurado um corte mais rápido nas taxas”.

Aqui, uma súbita piora dos mercados, envolvendo ruídos sobre as dificuldades de Haddad para emplacar medidas no Congresso, após a devolução da MP sobre PIS/Confins, levou o Ibovespa a furar os 120 mil pontos e os juros futuros e o dólar a escalarem. O dólar sube para R$ 5,41.

O mercado aguarda agora a decisão do Fed, que sai às 15h, as novas projeções dos membros do Fomc e a entrevista de Powell às 15h30.

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