Petróleo
Petróleo salta com ataques no Oriente Médio adiando reaproximação saudita-israelense
O petróleo sobe US$ 3 por barril em meio aos confrontos entre Israel e o Hamas. O Brent/dezembro ganha 3,52%, a US$ 87,56; o WTI/novembro, +3,71%, a US$ 85,86, revertendo tendência descendente da semana passada, na qual o Brent caiu 11% e o WTI, 8% em meio à perspectiva macroeconómica sombria que intensificou preocupações com a demanda global.
Qualquer tensão no Oriente Médio leva a uma subida de preços do petróleo e dessa vez não é diferente. A erupção da violência ameaça inviabilizar os esforços dos EUA para mediar a reaproximação entre a Arábia Saudita e Israel, na qual o reino normalizaria os laços com Israel em troca de um acordo de defesa entre Washington e Riad. Autoridades sauditas teriam dito na 6ªF à Casa Branca que estavam dispostas a aumentar a produção em 2024 como parte desse acordo.
Os ataques não só adiam a reaproximação saudita-israelense como qualquer expectativa de a Arábia Saudita reduzir ou eliminar o seu corte extra de produção. Há também dúvidas sobre se o Irã estaria implicado no conflito. Se estiver, até 3% do abastecimento global está em risco. E se o conflito ampliar, pode acabar por afetar 20% do abastecimento, segundo analistas de energia. (Ana Katia + agências)
