Morning Call

Saem as primeiras tarifas de Trump

Atualizado 31/01/2025 às 01:29:27

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Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*

[31/01/25]

… A imposição de tarifas de 25% sobre o petróleo do Canadá e México, já a partir deste sábado, foi confirmada na reta final do pregão por Trump, com impacto imediato nos negócios, sobretudo no câmbio. O dólar, que vinha em queda em NY, virou para alta, enquanto os juros dos Treasuries reduziram as perdas. Aqui, o dólar futuro, que ainda operava, ganhou força e subiu 0,38%. Trump não só confirmou as ameaças, como citou a China, dizendo que está se preparando para aplicar tarifas ao país asiático – preocupação em dobro para os emergentes. Assim, os mercados abrem hoje repercutindo a notícia, além da agenda importante, com o PCE de dezembro nos EUA e, aqui, os números fiscais consolidados de 2024 (8h30), após o superávit do Governo Central acima do esperado ter ajudado a derrubar os juros futuros abaixo dos 15%.

… Os dados surpreenderam positivamente (abaixo), reforçando a reação ao Copom, numa estreia muito bem-sucedida de Galípolo.

… As taxas dos contratos de curto prazo na BM&F chegaram a cair 50 pontos-base, sustentadas pela leitura de parte do mercado que o Copom foi “dovish”, quando o que o Copom fez foi ter um pouquinho mais de cuidado na redação do comunicado.

… É verdade que o Copom não alardeou a nova rodada de deterioração das expectativas inflacionárias, mas essa preocupação estava lá. Era para ter alardeado? Assim como não poderia se comprometer com maio. Se há incertezas, não pode haver guidance.

… Se nem o Fed sabe se vai conseguir continuar cortando os juros, porque primeiro precisa entender as políticas de Trump, por que o BC teria que ter uma bola de cristal? E não é papel do BC se mostrar apavorado e induzir o mercado à volatilidade.

… Essa estratégia também faz parte da administração de expectativas.

… Imagine você qual seria a reação dos agentes se o BC vislumbrasse um cenário sem saída, contratando desde já uma mão pesada para maio? Para quanto teriam puxado a Selic terminal? O fato é que o Copom conseguiu baixar a bola do mercado.

… Não foi leniente, não foi omisso, confirmou o guidance, não só na reunião desta semana como também para março, e vai esperar para ver. Tem muito chão até maio. O que o mercado tem que ter certeza é que, se chegar lá e a coisa não melhorar, o BC agirá. 

NA MOSCA – As contas do governo central serviram ontem como um importante driver de otimismo aos negócios, na medida em que o Brasil conseguiu cumprir o arcabouço fiscal, respeitando o intervalo da meta, de até -0,25%.

… Tirando da conta as despesas com a ajuda emergencial ao Rio Grande do Sul, o déficit de R$ 11 bi correspondeu a 0,09% do PIB. Já considerando o valor desembolsado após as enchentes, o déficit foi de R$ 43 bi (0,36% do PIB). 

… Foi o melhor resultado anual desde 2022 e superou a mediana das previsões dos economistas, de -R$ 45,7 bi.

… Para o resultado de hoje do setor público consolidado em dezembro, a mediana da pesquisa Broadcast indica um superávit primário de R$ 14,5 bilhões, revertendo o déficit de R$ 6,620 bilhões em novembro.

… O intervalo inteiro das apostas é positivo e vai de R$ 5,0 bilhões até R$ 26,7 bilhões.

… No acumulado do ano, o déficit primário deve ficar em R$ 48,80 bi. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse que a dívida bruta do governo geral deve fechar 2024 em torno de 77% do PIB, “um pouco menos ou pouco mais”.

… Apesar da melhor percepção fiscal, a Previdência segue como foco de maior preocupação. Os dados divulgados ontem revelam que o governo gastou quase R$ 30 bi a mais com a Previdência em 2024 do que estava prevendo.

… Na previsão da lei orçamentária do ano passado, o governo estimava que as despesas com benefícios previdenciários ficariam em R$ 908,7 bilhões. O gasto nominal realizado, contudo, foi de R$ 938,544 bilhões.

… Economistas acusam a equipe econômica de vir subestimando os riscos. Ceron disse que o Planejamento está debruçado para reestimar os gastos previdenciários de 2025 para que não seja novamente pego de surpresa.

… As pressões na Previdência têm obrigado o governo a bloquear gastos discricionários para honrar a meta fiscal.

COMPRA BRIGA – Na entrevista gravada ontem pela manhã à RedeTV e transmitida no fim da noite pela emissora, Haddad afirmou que as críticas do mercado ao resultado das contas públicas têm “componente ideológico”.

… O ministro da Fazenda citou que os déficits fiscais dos governos Temer e Bolsonaro foram “muito maiores”, mas que se passa a “falsa ideia” de que agora é que as contas estão descontroladas. “É uma falsificação da realidade.”

… Em sua avaliação, o governo Lula 3 está endereçando “exitosamente” o tema da reponsabilidade fiscal.

… Haddad disse que revisar gastos é atividade rotineira na Fazenda e no Planejamento e que a equipe econômica tem trabalhado continuamente em medidas que serão levadas ao presidente da República, mas não citou quais.

… Ele não respondeu se pretende acabar com grandes renúncias, como o Simples Nacional e a Zona Franca.

… Sobre a crise dos alimentos, reiterou que os preços vão se acomodar, com dólar mais baixo e aumento da safra. Diante da redução esperada nas pressões inflacionárias, manteve a previsão de que o PIB vai crescer 2,5% este ano.

… Ao comentar a articulação política do governo em relação à agenda econômica no Congresso, Haddad garantiu ter uma “relação excelente” com Hugo Motta e Alcolumbre, que devem assumir a Câmara e Senado nos próximos dias.  

… Quanto à corrida presidencial em 2026, disse que não trabalha com a perspectiva de uma disputa sem Lula.

PLUS A MAIS – Ontem, além do déficit fiscal perto de zero, também o que ajudou a derreter os prêmios na curva do DI foram os dados fracos do Caged em dezembro, que sinalizaram desaceleração da atividade econômica.

… Houve fechamento líquido de 535.547 empregos formais no mês do Natal, pior que o piso estimado (-487.116).

… Hoje, no entanto, a Pnad (9h) deve vir bem, com a taxa de desemprego encerrando 2024 em 6%, menor valor da série histórica. As projeções no mercado para a pesquisa do IBGE sobre a mão de obra variam de 5,9% a 6,2%.

… O Caged ruim se somou ontem a outros indicadores recentes que mostram uma economia menos aquecida.

… Esta semana, o Copom colocou uma “eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada” como risco de baixa para a inflação. Todo mundo quer ver mais detalhes na ata da próxima 3ªF.

… Apesar de parte do mercado estar se antecipando a especular com o final do ciclo de aperto da Selic mais cedo que se imaginava, em pesquisa Broadcast, a mediana para a Selic em maio, que é a incógnita, continua em 14,75%.

LULA AJUDOU – Em nova estratégia de comunicação, em meio ao desgaste de popularidade, o presidente deu ontem uma entrevista coletiva de pouco mais de 1h aos jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto.

… Falou bem de Haddad, de Galípolo e da Petrobras. O mercado gostou. Após ter protagonizado inúmeras trocas de farpas com RCN por causa da Selic, Lula saiu em defesa da política monetária no day after da nova alta de 1pp.

… Explicou que o novo presidente do BC não poderia dar “um cavalo de pau em um mar revolto de uma hora para outra” e que a necessidade de subida de juros pelo outro presidente [RCN] “já estava praticamente demarcada”.

… Em aval à autonomia do BC, disse que Galípolo “fez aquilo que entendeu que deveria”, mas que tem 100% de certeza que o BC vai criar as condições para entregar ao povo juro menor, “no tempo em que a política permitir”.

… Saiu também em defesa total de Haddad na conversa com a imprensa. Lula disse ter dado risada quando soube das críticas do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ao ministro da Fazenda, chamado de “fraco” na 4ªF.

… Lula enumerou todas as ações de Haddad e disse que Kassab foi injusto e deveria pedir desculpas.

… Comentários do presidente reforçando a independência da Petrobras também jogaram a favor nos negócios. Na coletiva, Lula afirmou que “não autorizou” aumento do diesel, porque “quem autoriza é a Petrobras”.

… Na mesma linha, Alexandre Silveira (MME) disse à Folha que o governo não fará “peripécia” para baixar os  combustíveis, referindo-se a alterações em impostos. “Não tem hipótese de baixar Cide, PIS e Cofins. Chance zero.”

… O ministro afirmou que o governo federal “deixará o mercado se resolver”. Ele citou um provável aumento de R$ 0,20 ou R$ 0,21 no preço do diesel e disse que a estatal fará “o que tem que ser feito de maneira correta”.

… Paralelamente ao debate sobre o reajuste dos combustível, amanhã, de qualquer forma, o preço da gasolina vai subir R$ 0,10 por litro e o diesel deve aumentar R$ 0,06 por litro nas bombas devido à elevação do ICMS.

FAMA DE MAU – Em postagem ontem à noite, Trump engrossou com os Brics, ameaçando aplicar tarifa de 100% se o bloco insistir nos planos de criar uma moeda própria para substituir o dólar no comércio exterior.

… O republicano disse que exigirá compromisso desses países “aparentemente hostis”. Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul “que procurem outra nação otária e digam adeus à venda para a maravilhosa economia dos EUA.”

AFTER HOURS – Após o susto com a queda de 11% nas vendas de iPhone na China no 4Tri, Apple subiu 3,03% no pregão estendido, focando no guidance de aumento de receita no trimestre que acaba em março.

… A empresa mais valiosa do mundo teve lucro líquido de US$ 36,3 bilhões no trimestre encerrado em dezembro, 7% mais que mesmo período do ano anterior, de expectativa de US$ 35,6 bilhões.

… O lucro por ação, de US$ 2,40, superou os US$ 2,35 esperados.

… O mercado também gostou os resultados da Intel (+3,65%). Apesar do prejuízo líquido de US$ 126 milhões, a perda diluída por ação ficou em US$ 0,03, melhor do que a queda esperada de US$ 0,09 esperado.

MAIS AGENDA – Após o Fed segurar o juro, seu índice preferido de inflação, o PCE (10h30), deve mostrar aceleração em dezembro, para 0,3%, de 0,1% (novembro). Na comparação anual, deve subir de 2,4% para 2,6%.

… O núcleo deve dobrar para 0,2%, mas no ano deve permanecer em 2,8%.

… Ainda hoje, o ISM/Chicago informa o PMI de janeiro (11h45). Às 10h30, o Depto do Trabalho divulga o Índice de Custo de Emprego do 4Tri, que deve subir 1%, de 0,8% no 3Tri, e Michelle Bowman (Fed) fala em evento.

… A Baker Hughes informa o número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA (15h), mesmo horário em que o BC da Colômbia decide juros.

… Na Europa, a Alemanha divulga o CPI preliminar de janeiro, que deve desacelerar de 0,5% (dez) para 0,2%.

… Por aqui, a Aneel define bandeira tarifária de fevereiro.

O IMPÉRIO CONTRA-ATACA – Na reta final dos pregões aqui em NY, a sinalização de Trump de que as tarifas contra o Canadá, México e China podem ser para valer assustaram e provocaram reação imediata nos mercados.

… Na curva do DI, os vencimentos longos se afastaram das mínimas, acompanhando a desaceleração das baixas das taxas dos Treasuries. No câmbio, o contrato do dólar futuro para fevereiro subiu 0,38%, cotado a R$ 5,8780.

… O mal-estar de última hora veio na direção contrária do otimismo ao longo do dia, que garantiu a nona alta consecutiva do real e induziu todas as taxas dos juros futuros a rodarem abaixo dos 15% no pós-Copom.

… Traders leram o comunicado do BC como dovish e o investidor ainda viu com bons olhos os esforços de Lula para proteger Galípolo das críticas da ala radical do PT à alta da Selic em sua estreia no comando da política monetária.

… O fato de o Copom ter deixado em aberto os passos para maio deixou a impressão em parte do mercado de que o BC pode desacelerar o ritmo de aperto, o que provocou uma correção das apostas para a Selic nos DIs curtos.

… Para completar o cenário positivo, a percepção de risco fiscal melhorou com o déficit fiscal muito próximo de zero e ainda os números mais fracos do mercado de trabalho (Caged) ajudaram a queimar prêmios de risco na curva.

… No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,855% (de 15,180% no pregão anterior); Jan/27 caía a 14,980% (de 15,375%); Jan/29, a 14,865% (de 15,115%); Jan/31, 14,870% (15,060%); e Jan/33, a 14,850% (14,980%).

… No câmbio à vista, que já estava fechado quando Trump atacou, ainda não foi ontem que o dólar parou de cair.

… A moeda americana chegou a operar em alta durante quase todo o pregão, sinalizando que poderia realizar os lucros. Mas, a poucos minutos do fechamento, inverteu o sinal e emplacou queda de 0,23%, negociada a R$ 5,8528.

… No Broadcast, o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, disse que as especulações criadas pelo Copom sem guidance para maio pressionaram o dólar logo cedo, mas que o carry trade continua vantajoso.

… “Há espaço para o dólar furar o piso técnico de R$ 5,80. É muito caro ficar comprado em dólar com os juros altos. É preciso um fluxo de notícias negativas para fazer valer a pena comprar dólares”, afirmou o especialista.

… Como se viu no final da tarde de ontem, o que pode botar muita coisa a perder nos mercados emergentes é Trump, que já faz valer o seu estilo durão. Hoje, a volatilidade ainda pode ser redobrada pela disputa da ptax.

ABRIU O APETITE – O Ibovespa deu um sprint de quase 3,5 mil pontos ontem, fechou colado nos 127 mil pontos (126.912) e o que é melhor: com giro bom, de R$ 25,6 bilhões, para dar consistência ao fluxo comprador.

… O alívio dos juros futuros, a meta fiscal cumprida e as falas responsáveis de Lula sobre a Petrobras e o Copom fizeram a festa no índice à vista da bolsa doméstica, com alta generalizada entre as ações e força entre as blue chips.

… O Ibov se encaminha para a primeira alta mensal desde agosto, quando subiu 6,54% e anotou sua última máxima histórica, aos 137 mil pontos. Com ganho de 5,51% até ontem, este pode ser o melhor janeiro desde 2022 (+6,98%).

… Peso-pesado, Vale recuperou R$ 10 bilhões em valor de mercado, com alta de 4,22%, a R$ 55,03. O papel girou mais de R$ 2 bilhões, com quase 55,6 mil negócios, o maior volume da B3.

… A alta na ação da mineradora se ampliou após Lula ter dito que “foi boa” a reunião com o CEO da Vale, Gustavo Pimenta. Um novo encontro será realizado para discutir obstáculos setoriais enfrentados pela companhia.

… Petrobras pegou o embalo positivo e subiu bem mais que o petróleo no dia. O papel ON registrou +1,97% (R$ 41,37) e o PN, +1,33% (R$ 37,39). Lá fora, o Brent/abril registrou valorização moderada de 0,37%, a US$ 75,80/barril.

… Deixando a polêmica de lado, as declarações de Lula em defesa da independência da Petrobras pegaram bem.

… Os bancos foram alvo de interesse gringo e também ganharam força com a notícia (Broadcast) de que governo estuda prazo máximo de 5 anos para operações de crédito com garantia do FGTS. A imposição é vista como positiva.

… Bradesco puxou os ganhos: PN (+5,47%; R$ 12,14) e ON (+4,44%; R$ 11,05). Às vésperas de seus balanços (dia 5) Santander subiu 3,83% (R$ 25,73) e Itaú avançou 2,44% (R$ 34,03). BB teve alta de 0,73%, a R$ 27,64.

… A queda dos juros futuros beneficiou Magazine Luiza, com +12,59% (R$ 7,42); Yduqs, +9,86% (R$ 10,36); e CVC, +8,33% (R$ 1,95), na liderança das altas.

… Apenas quatro papéis fecharam no vermelho: Petz (-2,21%; R$ 4,86), Braskem (-1,27%; R$ 14,03), BB Seguridade (-0,44%; R$ 38,59) e BRF (-0,14%; R$ 22,00).

EFEITO TRUMP – Nos pós-Fed e com alguns bons balanços, as bolsas de NY fecharam em alta moderada. O otimismo com a Tesla ajudou a compensar a decepção com a Microsoft.

… Declarações de Trump quase colocaram os ganhos a perder. Perto do fechamento, os índices cederam momentaneamente depois de Trump confirmar as tarifas de 25% sobre México e Canadá a partir de amanhã.

… O câmbio sentiu mais o baque e o dólar subiu, enquanto os juros dos Treasuries diminuíram a queda.

… No fechamento, o Dow Jones escapou em alta de 0,38%, aos 44.882,13 pontos. S&P500 avançou 0,53% (6.071,17) e o Nasdaq ganhou 0,25% (19.681,75).

… Tesla (+2,87%) ajudou a puxar o Nasdaq e o S&P 500 depois que Musk prometeu lançar modelos de carros mais baratos até o fim do primeiro semestre e começar a testar um serviço autônomo de transporte, em junho.

… Meta (+1,55%) e IBM (+12,96%) foram bem depois de os balanços superarem as expectativas de Wall Street. Microsoft caiu 6,18% com previsões de crescimento do negócio de computação em nuvem que decepcionaram.

… Investidores também tomaram nota dos comentários dos CEOs de Meta e Microsoft defendendo seus pesados investimentos em IA depois do advento da DeepSeek.

… O mercado acompanhou o resultado preliminar do PIB do 4Tri24 dos EUA, que veio abaixo do esperado, em 2,3% anualizado, de expectativa de 2,6% – mas não mexeu com os negócios. No 3Tri, o crescimento foi de 3,1%.

… Analistas consideraram o ritmo sólido, já que o período foi marcado pela greve da Boeing e pela queda de investimentos em estoques. O consumo das famílias, que puxa o PIB, deu um salto de 4,2%.

… Em outro dado do dia, a queda inesperada – de 223 mil para 207 mil – dos pedidos de auxílio-desemprego continuou a sinalizar um mercado de trabalho forte.

… O dólar vinha numa toada mais suave ante seus pares, mas firmou alta depois de Trump confirmar as tarifas contra México e Canadá. O índice DXY subiu 0,12%, a 108,00 pontos.

… O euro caiu 0,26%, a US$ 1,0410, também influenciado pelo corte de 25pb no juro pelo BCE, como esperado. Christine Lagarde reiterou que a direção do juro é clara, mas que as decisões sempre vão depender dos dados.

… Para o Commerzbank, o BCE deve realizar mais três cortes de juros de 25 pb até o meio do ano. O próximo deve ocorrer em março, quando o BC europeu publicará suas projeções atualizadas para inflação e PIB.

… A libra ficou perto da estabilidade (-0,09%), a US$ 1,2433. Na expectativa de mais aumento de juros pelo BoJ, o iene continuou a subir: +0,61%, a 154,238/US$.

… Nos Treasuries, o juro da note de 2 anos recuou a 4,206%, de 4,2135%, na sessão anterior. O da note de 10 anos cedeu a 4,523% (de 4,540%) e o do T-Bond de 30 anos caiu a 4,771% (4,777%).

EM TEMPO… BRASKEMdecidiu descontinuar novos investimentos na Oxygea, veículo voltado à transformação digital com startups no mercado. Decisão está alinhada à estratégia de reavaliação de ativos e investimentos.

TOTVS informou que segue avaliando se apresentará proposta vinculante para a aquisição da Linx. Segundo o Broadcast, a israelense Nayax desistiu do negócio. Agora restam a Totvs e a Constelattion…

… A expectativa é que a Stone receba propostas vinculantes em fevereiro e que a operação seja fechada ainda neste primeiro semestre.

NEOENERGIA. Total de energia injetada aumentou 2,1% no 4Tri24 ante o 4Tri23, totalizando 22.635 GWh. No acumulado do ano, o crescimento foi de 5,8%, atingindo 87.218 GWh, segundo prévias operacionais…

… A energia distribuída avançou 2,0% no trimestre, para 19.353 GWh, e 6,1% no ano, somando 75.683 Gwh.

HERINGER elegeu Fausto Pereira Goveia para os cargos de diretor Financeiro e de RI, em substituição a Gustavo Bastide Horbach, diretor presidente, que estava interinamente na posição desde 31 de dezembro de 2024.

SAFRA. David e Joseph adquiriram a participação da irmã Esther no Grupo Safra. A aquisição será feita com recursos próprios dos acionistas remanescentes e ainda aguarda aprovação dos reguladores.

AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!

*com a colaboração da equipe do BDM Online

AVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.

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