Morning Call

Trump escala a guerra comercial

Atualizado 09/04/2025 às 00:25:18

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Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*

[09/04/25]

… Os produtos chineses importados pelos Estados Unidos já estão custando 104% mais caros, na escalada da guerra comercial que mudou o cenário da economia global, assim como entraram em vigor as “tarifas recíprocas” mais elevadas anunciadas por Trump no Liberation Day. Também hoje começou a ser cobrada a taxa de 25% imposta pelo Canadá aos veículos americanos, enquanto a União Europeia reúne os países-membros para aprovar a lista de contramedidas em resposta à tarifa de 20% que atingiu o grupo. Há ainda o risco de novas retaliações de Pequim, que prometeu “lutar até o fim”. Com o mundo sob ameaça de recessão, o Brasil já dá sinais de que não sairá ileso.

… Se, inicialmente, o mercado comemorou o fato de o País ter ficado com a alíquota mínima de 10%, acreditando que o agronegócio pode ser favorecido, agora teme pelas elevadas incertezas dessa crise, que puxaram o dólar de volta para os R$ 6 (abaixo).

… Os efeitos das tarifas de Trump foram o tema dominante em painel com gestores e empresários em evento do Bradesco BBI nesta 3ªF, em São Paulo, que reuniu mais de mil investidores e 158 empresas de diversos setores.

… A conclusão dos debates foi que o Brasil não é uma ilha e vai ser arrastado junto com uma provável piora da China.

… “Tem um movimento de placas tectônicas muito relevantes”, disse André Lion (Ibiúna Investimentos), acrescentando que o Brasil pode ser duplamente atingido: pela desaceleração da economia dos EUA e pelo impacto na China. “Certamente vai pegar na gente.”

… Leonardo Linhares (SPX) concordou que a China é o canal que mais preocupa, já que o Brasil é muito dependente do comércio daquele país e uma desaceleração afetará os preços internacionais das commodities. “Não vamos ser uma ilha, não.”

… Segundo o gestor, as medidas mais drásticas de Trump provocaram um choque que tem feito empresários segurarem os investimentos e adiar decisões de negócios. Mas, na sua avaliação, “vai demorar um tempo para Trump entender que errou a mão nas tarifas”.

… Ao contrário das quedas de juro que o mercado em NY projeta (agora já são cinco este ano), Leonardo acredita que o Fed deve ser mais prudente, evitando cortar as taxas de forma significativa. “O Fed não vai querer errar de novo, como errou na pandemia.”

… Também presente ao evento do Bradesco BBI, o ministro Fernando Haddad disse que o Brasil precisa ter prudência nesse assunto. “Não é hora de anunciar medidas, é tentar ver se a poeira baixa, de maneira a nos proteger dessa situação que é muito tensa.”

… Observou que a guerra comercial pega o Brasil sem dívida externa, com reservas cambiais expressivas e saldo comercial robusto. Além disso, acrescentou, os juros estão elevados e há espaço para ação da política monetária se for necessário estimular a economia.

… Citando relatos que ouve no setor produtivo, ressaltou que nenhuma economia entrega o retorno oferecido pelo Brasil, de até 15%.

… Mas Haddad admitiu que as tarifas de Trump contra a China afetam o Brasil de alguma maneira, já que atingem nosso principal parceiro comercial. “Não se consegue escapar de lógica que tem China como alvo sem afetar o resto do mundo.”

ACENO À CHINA – Depois de ter ameaçado dobrar a tarifa para a China, Trump não tinha muito o que fazer se Xi Jiping não recuasse. Teve de cumprir a palavra. Mas por duas vezes, nesta 3ªF, o presidente dos EUA lançou acenos ao governo de Pequim.

… Ainda pela manhã, antes de vencer o prazo que deu para a China remover a tarifa de 34%, Trump disse estar esperando um telefonema da China e, à noite, que ainda espera que a China chegue um acordo e que sempre teve “relações muito boas com Xi Jinping”.

… Em um jantar oferecido pelo Comitê Nacional Republicano do Congresso, o presidente acrescentou ainda respeita o México e o Canadá, mas que eles “trapacearam” com os EUA em questões comerciais e seu trabalho não é aumentar o lucro das empresas estrangeiras.

… Trump insistiu que, “na verdade”, estava sendo gentil com as tarifas e que os EUA farão uma fortuna de US$ 2 bilhões por dia com elas. “Muitos países, mais de 70, já demonstraram interesse em negociar conosco. Agora é a nossa vez de tirar vantagem.”

O DILEMA DO FED – Após Trump dobrar a aposta contra a China, a ferramenta do CME Group elevou para mais de 50% a chance de o Fed retomar as quedas do juro em maio (de 38,5% na véspera), reduzindo as chances de manutenção para 49,3%.

… Essa expectativa é um sinal de que os investidores parecem estar mais preocupados com o risco de recessão da economia americana do que os riscos inflacionários. Resta saber se o Fed privilegiará o mandato do emprego.

… Para a Fitch, as tarifas restringem a capacidade do Fed de reduzir ainda mais as taxas de juros, dado os choques esperados nos preços.

… Já a Moody’s afirmou nesta 3ªF que as incertezas já afetam a confiança empresarial, freiam investimentos e elevam a volatilidade nos mercados, com quedas nas bolsas e migração de capitais para títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

… Em relatório, o Wells Fargo alerta que se as tarifas forem implementadas nos níveis atuais, a inflação nos Estados Unidos deve disparar nos próximos meses, corroendo a renda real e mergulhando o crescimento nos gastos do consumidor em território negativo.

… O banco também cita a provável recessão, mas espera que o Fed só volte a cortar os juros em junho, com 125pbs até o final de 2025.

… Nesta 3ªF, o Morgan Stanley cortou as projeções para o PIB americano para 0,8% (de 1,5%) este ano e 0,7% (de 1,2%) em 2026.

… O estrategista-chefe de FX do Goldman Sachs, Robin Brooks, disse que as tarifas de 104% para a China são “debilitantes” e provocarão um choque enorme. “O risco de resultados extremos para os mercados aumentou com a última decisão de Trump.”

… Pesquisadores da maior gestora de ativos do mundo, a BlackRock, estão mais cautelosos em relação às ações americanas. “Adotamos uma postura mais prudente no curto prazo, com um horizonte tático de três meses”, escreveram em relatório a clientes.

… O instituto, que reduziu sua exposição a ações dos EUA de “acima da média” para “neutra”, afirma que quanto mais essa incerteza [das tarifas] se prolongar, maior poderá ser o impacto negativo no curto prazo. Para o longo prazo, mantém visão mais otimista.

ZONA DO EURO – As tarifas de Trump afundarão a zona do euro em uma recessão, alertam economistas da Pantheon Macroeconomics, afirmando que o pacote abrangente de tarifas de 20% impostas por Washington levou a um colapso no sentimento do investidor.

… “Enquanto a Europa prepara sua resposta, a confiança provavelmente só irá cair mais”, prevê a consultoria.

… Em entrevista coletiva nesta 3ªF, Trump disse que a União Europeia terá que se comprometer em comprar US$ 350 bilhões em energia dos EUA para obter um alívio das tarifas. Questionado se isso seria suficiente para ele recuar, disse que não.

… As declarações foram uma resposta à fala da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de que a UE havia se oferecido para reduzir a zero as tarifas do bloco sobre carros e produtos industriais importados dos EUA, se o país retribuísse.

ELON MUSK –Nesta 3ªF, voltou suas críticas contra Peter Navarro, mentor intelectual do plano das tarifas e um dos principais assessores econômicos da Casa Branca, dizendo que ele é um “imbecil”. As críticas foram feitas em sua própria plataforma, o X.

… Musk respondeu a um vídeo em que Navarro rebate suas críticas à política tarifária de Trump e o acusa de proteger interesses próprios, uma vez que as peças dos carros da Tesla vêm de diversos países como México, Japão e China.

… Desde o Liberation Day, o patrimônio de Elon Musk teria caído mais de US$ 30 bilhões, conforme as estimativas do The Guardian. Já no

Washington Post, Musk fez apelos pessoais ao presidente Trump no fim de semana para não implantar as tarifas.

DEMOCRATAS REAGEM – Partido Democrata apresentou na Câmara uma resolução questionando a declaração de emergência nacional usada por Trump para impor as tarifas, na tentativa de deter o presidente em sua política.

… O movimento é liderado pelo deputado Gregory Meeks, de Nova York, e precisa da adesão de republicanos, maioria na Casa.

AGENDA – As vendas no varejo são o principal indicador doméstico (9h), com a mediana das estimativas apontando para expansão de 0,80% no conceito restrito, segundo pesquisa Broadcast, após ter oscilado negativamente (-0,1%) em janeiro.

… Já o varejo ampliado pode mostrar estabilidade em fevereiro (0,0%) frente ao crescimento de 2,3% do mês anterior.

… Mais cedo, sai a primeira quadrissemana do IPC-Fipe de abril (março fechou em 0,62%) e o primeiro IPC-S das Capitais (8h). Às 8h30, o Banco Central divulga o estoque de crédito em fevereiro e os níveis de inadimplência no crédito livre.

… Ainda na agenda do Brasil, o IBGE informa o Índice de Preços ao Produtor de fevereiro (9h) e a Abraciclo, a produção de motos (11h).

… Finalmente, às 14h30, o BC divulga os dados do fluxo cambial, que na semana anterior teve saldo negativo de US$ 2,0 bilhões.

LULA – Participa da abertura da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da CELAC, em Honduras (13h).

LÁ FORA – Fed divulga às 15h a ata da última reunião de política monetária, mas que já vem com validade vencida, antes das tarifas de Trump, quando Powell defendeu a tese (já corrigida por ele) de que a inflação poderia ser transitória.

… Às 11h, o Departamento do Comércio americano informa os estoques no atacado em fevereiro, que podem subir 0,5%.

… Às 11h30, é a vez dos estoques de petróleo do DoE, que têm previsão de alta de 2,1 milhões de barris.

… Às 13h30, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, discursa em evento do Clube Econômico de Washington.

… Nesta 3ªF, Austan Goolsbee (Fed/Chicago) disse que o sentimento do consumidor sobre a economia americana “está despencando”, mas que, mesmo com uma visão “péssima” sobre o cenário nos EUA, as pessoas ainda continuam consumindo.

ÁSIA HOJE – Bolsas voltaram a registrar quedas firmes na abertura do pregão asiático, reagindo à nova investida de Trump contra a China.

XEQUE MATE – Terminado o prazo dado por Trump, ontem, a China não retirou as tarifas retaliatórias de 34% sobre os EUA. Pequim ainda disse que não aceitaria a “chantagem” dos Estados Unidos e entrou com recurso contra as medidas na OMC.

… Ato contínuo, a Casa Branca anunciou a alíquota adicional de 50% sobre produtos chineses, com taxa total de 104%, e foi o fim de um breve alívio nas bolsas pelo mundo, que pela manhã subiram, quando havia alguma esperança de negociação entre os dois países.

… Sinais de que os EUA iriam flexibilizar as tarifas para o Japão e a Coreia do Sul encorajaram os investidores, mas tudo ficou ainda pior depois que a Casa Branca disse que Trump quer ver os iPhones sendo fabricados pelos americanos.

… Apple, que tem operações na China e vende grande parte de seus gadgets por lá, saiu de uma alta de 4% para uma queda de 5%. Nas últimas quatro sessões, o papel perdeu 23% de seu valor.

… A baixa do papel puxou as perdas do Nasdaq, que caiu 2,15% (15.267,91 pontos) e do Dow Jones (-0,84%; 37.645,59 pontos).

… O S&P 500 fechou abaixo dos 5.000 pontos (-1,57% a 4.982,78), no menor nível em quase um ano. Mais uma vez, o índice ficou muito perto do bear market, terminando o dia 19% abaixo do recorde alcançando em 19 de fevereiro.

… “As pessoas queriam ficar otimistas, mas perceberam que não tinham motivo para isso”, disse Melissa Brown (SimCorp), à Reuters.

… Ela espera ver na temporada de balanços que começa esta semana em NY muitas avaliações sobre o impacto das tarifas nos guidances das empresas. Os primeiros resultados virão na 6ªF com JPMorgan, Morgan Stanley e Wells Fargo.

… A escalada da tensão comercial levou o governo chinês a fazer uma forte depreciação do yuan frente ao dólar, movimento que ajudou a desvalorizar moedas de emergentes exportadores de commodities, em especial o real, que chegou a ser negociado a R$ 6.

… Com alta de 1,48% do dólar, a R$ 5,9979, a moeda brasileira teve o pior desempenho entre as 33 divisas mais líquidas do mundo.

… Ante pares, o dólar cedeu ante da perspectiva de um Fed menos rígido por causa da ameaça de recessão. O índice DXY caiu 0,32%, para 102,924 pontos. O euro subiu 0,16%, a US$ 1,0956; a libra avançou 0,27%, a US$ 1,2771; o iene ganhou 0,96%, a 146,315/US$.

… Apesar do recuo do dólar ante pares fortes, o yuan chinês caiu ao menor nível da história frente ao dólar, cotado a 7,4247 yuans no mercado offshore, ultrapassando pela primeira vez o patamar de 7,4 yuans.

… Nessa perspectiva, os rendimentos das notes de 2 anos caíram para 3,723%, de 3,769% na sessão anterior. Já o yield da note de 10 anos subiu a 4,281% (de 4,177%), enquanto o retorno do título de 30 anos avançou a 4,748% (de 4,624%).

… Segundo analistas nas agências, a fraca demanda em um leilão de notes de 3 anos ajudou a provocar uma liquidação de títulos de longo prazo, especialmente os de 30 anos. Uma preocupação dos investidores é de que a China venda Treasuries em retaliação.

… Na Barron’s, analistas ponderaram que a grande volatilidade vista nos Treasuries e no dólar enviam um alerta sobre eventual recessão, além de um sinal de que os investidores estão perdendo a confiança nos Estados Unidos.

… “A marca Estados Unidos foi manchada. Se estrangeiros com uma enorme de quantidade de ativos americanos decidirem levar o seu dinheiro de volta para casa isso vai se refletir nos Treasuries e no câmbio”, disse Peter Boockvar Bleakley (Financial Group).

… O enfraquecimento da moeda chinesa diminui o seu poder de compra e provoca preocupações sobre a demanda do país por matérias-primas como o minério de ferro. Para o Brasil, que tem elevada exposição à China, é uma preocupação.

… Ruim para a Vale, que caiu 5,48% (R$ 49,20), ajudando a puxar a queda de 1,32% do Ibovespa, aos 123.931,89 pontos. Em Dalian, o preço do minério despencou 3,48%. Petrobras também teve mais um dia difícil, de perdas.

… Em linha com a queda do petróleo, Petrobras ON caiu 3,20% (R$ 34,49) e Petrobras PN, -3,56% (R$ 32,00). Na Ice londrina, o contrato do Brent para junho cedeu 2,16%, com fechamento em US$ 62,82 o barril.

… Em apenas cinco sessões, Petrobras perdeu R$ 80 bilhões em valor de mercado. O market cap está em R$ 429,35 bilhões.

… Operadores relatam saída de capitais de ativos locais. Dados da B3 mostram que os estrangeiros já retiraram R$ 3,605 bilhões da bolsa doméstica em abril, até o dia 4. No acumulado do ano, o fluxo de capital externo está positivo em R$ 7,037 bilhões.

… Bancos também ficaram no vermelho, nesta 3ªF: Bradesco PN (-2,75%; R$ 12,02) e ON (-2,54%; R$ 10,75), Santander (-1,51%; R$ 26,10) e Banco do Brasil (-0,18%; R$ 27,63). A exceção foi Itaú, que ficou estável (+0,03%), em R$ 31,21.

… Magazine Luiza liderou as perdas (-13,41%, R$ 8,78), após o Citi cortar a recomendação do papel e reduzir o preço-alvo para R$ 7,70.

… O câmbio e a aversão global ao risco continuou a acrescentar prêmios de risco nos juros domésticos, que subiram em toda a curva.

… No fechamento, o DI para Jan/26 subiu a 14,765% (de 14,700% na véspera); o Jan/27 avançou a 14,390% (de 14,215%); o Jan/29, para 14,325% (de 14,165%); e o Jan/31, a 14,590% (de 14,480%).

EM TEMPO… PETROBRAS. Ibama informou que houve recebimento em 7/4 da comunicação formal da estatal sobre a conclusão das obras do Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna de Oiapoque (AP)…

… Órgão disse que solicitação seguirá para avaliação dentro dos trâmites previstos no processo de licenciamento ambiental; data para a vistoria técnica na base ainda será definida.

BANCO MASTER. TCU abriu processo para investigar atuação do Banco Central no caso.

MINERADORAS. STF pode julgar nesta 4ªF seis recursos contra decisão que homologou acordo para reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG)…

… Acordo foi homologado pela Corte em novembro e prevê pagamento de R$ 170 bilhões pelas mineradoras Vale, BHP e Samarco.

BRASKEM. Moody’s rebaixou de Ba2 para Ba3 o Corporate Family Rating (CFR) da companhia e a classificação dos Backed Senior Unsecured Global Bonds da Braskem America Finance Company; perspectiva para ambas foi alterada de negativa para estável.

ELETROBRAS. O advogado Marcelo Gasparino, atual conselheiro da empresa, enviou consulta à CVM questionando regras propostas pelo atual Conselho de Administração para futuras votações no colegiado, a serem acolhidas ou não em assembleia do dia 29/4.

RAÍZEN. Norges Bank Investment Management reduziu participação acionária na companhia de 5,012% para 4,997%, passando a administrar 67.900.514 de papéis PN.

NATURA. Baillie Gifford Overseas Limited atingiu participação de 5,01% na companhia, passando a deter 69,7 milhões de ações ON; segundo dados do formulário de referência mais recente, de 3/4, gestora não detinha participação relevante na empresa.

TENDA registrou Valor Geral de Vendas (VGV) consolidado de R$ 920,9 milhões em lançamentos no 1Tri25, segundo prévia operacional…

… O resultado é 36,3% maior, ante o 1Tri24. O VGV de Tenda somou R$ 818,5 milhões, alta anual de 21,2%. Já a Alea totalizou R$ 102,4 milhões em VGV.

OI. SC Lowy Primary Investments reduziu participação na empresa para 9,8% do capital social, passando a deter 32.339.295 de ações ON.

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*com a colaboração da equipe do BDM Online

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