Economia

Brasil tem chance de atingir grau de investimento até 2026, diz Haddad

Atualizado 02/10/2024 às 16:08:54

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O Brasil pode conseguir o grau de investimento até o final do atual mandato do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026, conforme destacou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na terça-feira. Segundo ele, o selo de bom pagador não está dado, mas a possibilidade é concreta.

A declaração vem após a decisão da Moody’s, que melhorou a nota brasileira de “Ba2” para “Ba1”, deixando o Brasil a um nível abaixo do grau de investimento. As outras duas principais agências, a Fitch e a S&P Global, mantém o país dois níveis abaixo do grau de investimento.

“Penso que, se o governo como um todo compreender que vale a pena esse esforço, que esse esforço que está sendo feito produz os melhores resultados e continuarmos sem baixar a guarda em relação às despesas, em relação às receitas, fazendo o nosso trabalho, acredito realmente que nós temos a chance de completarmos mandato do presidente Lula reobtendo o grau de investimento”, declarou Haddad ao deixar o ministério.

Na avaliação do ministro, o comunicado da Moody’s “está em linha” com o trabalho da equipe econômica nos últimos dois anos. “Se continuarmos perseverando nesse caminho, de ajuste fiscal e monetário, nós temos uma grande chance de conseguir uma estabilidade da relação dívida/PIB, dos gastos públicos depois de muitos anos de desequilíbrio fiscal”, comentou o ministro.

Sem mencionar medidas específicas, Haddad disse que, depois de o governo aumentar as receitas, “ainda há um trabalho a ser feito”, em relação às despesas. Segundo ele, o reequilíbrio das contas públicas permitirá ao país reduzir os juros que corrigem a dívida do governo e conseguir o grau de investimento, que deixou de ser concedido ao Brasil em 2015.

A decisão da Moody’s ocorre uma semana depois de Haddad e o presidente Lula se reunirem com representantes das principais agências de classificação de risco durante viagem oficial a Nova York. Os dois se encontraram tanto com representantes da Moody’s, como da Fitch Ratings e da S&P Global.

Em comunicado, a Moody’s citou a melhora “significativa” no crédito do país. Segundo a agência, isso se deve ao crescimento “robusto” do Produto Interno  Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) e às recentes reformas econômicas e fiscais, como a reforma tributária, que melhorará o ambiente de negócios e a alocação de tributos.

*Com informações da Agência Brasil

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